domingo, 22 de abril de 2012

Sobre o direito de exprimir

(2010) Se manifestações orais são censuradas, reservo-me o direito de ficar calado e só manifestar-me graficamente. Se lhe doem minhas palavras, não mais submeterei seu ego inflado a dores molestáveis. Se minhas atitudes lhe magoam, paupérrimo ser, se já não fica à vontade próximo a mim, me afasto e, desta forma evito que minhas palavras ácidas – outrora benévolas – recalquem sequer uma ínfima parte do teu ser. Apesar de que agora em teu inconsciente, minha retórica anterior – causadora de nossa mágoa – ficará cravada como espinho na pele, que não mata, porém causa ampla dor em teu “tão frágil” ser. Concluindo, oh! inafável ser, embora não pareça, também amo, também odeio, também sinto. E sentindo, sinto que tenha de ser assim o fim do começo, quiça, o começo do fim. Minhas emoções são facilmente superadas por mim, portanto, embora magoado, brevemente estará superado. E o que eu tentei chamar de amizade, será agora indiferença.

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